"... Por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim.

Doce ou atroz, manso ou feroz... eu, caçador de mim..."

Milton Nascimento











sexta-feira, 24 de junho de 2011

Renovando os sentimentos




Passei uma semana sozinha em casa. Meu marido foi pra Florianópolis a trabalho e eu fiquei cuidando do nosso negócio, da casa e da Sakira ( nossa cadelinha). No inicio achei até que seria bom ficarmos esse tempo longe um do outro. Como trabalhamos juntos, a nossa convivência é intensa e por alguns momentos até tensa demais. Nos falamos no telefone várias vezes ao dia, a maioria delas pra tratar de assuntos profissionais. Discutimos, perdemos a paciência um com o outro, pura agitação.
Os dois primeiros dias de solidão foram uma beleza. Tinha compromisso somente com o trabalho, me dei férias das arrumações da casa, do fogão e de todos os afazeres extras que tenho. Não tinha que me preocupar com horário de almoço, comi muita besteira. Vi muitas novelas, filmes e tudo mais que tinha na televisão. Nos falávamos somente uma vez a noite. Durante o dia trocávamos somente mensagens no celular.
Tava tudo indo muito bem quando no terceiro dia comecei a sentir falta daquela rotina agitada que a gente vive. Acho que ele também começou a sentir falta. Todas as manhãs eu acordava com uma mensagem linda de "Bom dia meu amor"! E durante o dia várias outras mensagens com declarações de amor de alguém que parecia estar com muita saudade. Eu pelo menos estava sentindo muita falta. A casa ficou muito vazia. Apesar dele viajar algumas vezes durante a semana, as viagens são sempre curtas, no máximo fica dois dias fora de casa. Mas dessa vez achei que estava demorando muito pra voltar. O tempo parou. As horas não estavam passando, as noites ficaram longas, os programas na tv estavam sem graça e a minha vida parecia ter perdido todo o sentido. Mal conseguia esperar anoitecer pra que pudessemos nos falar um pouquinho. Era como se o simples fato de ouvir a sua voz faria com que as minhas energias fossem renovadas.
Os dias foram passando e foi ficando cada vez mais dificil aguentar. Não via a hora de ouvir o portão abrindo e o barulho do carro entrando na garagem. E essa distância passageira que vivemos só me fez ter mais certeza do quanto eu amo esse homem e do quão importante ele é pra mim. Era como se eu tivesse me apaixonado por ele de novo.
Finalmente chegou o grande dia do seu retorno. Mal consegui dormi na noite anterior de tanta ansiedade. Acordei cedo, deixei a casa arrumada pra que ele se sentisse feliz por voltar pro nosso lar. Até a Shakira tomou banho e ficou bonitinha e perfumada esperando. Ela também estava sentindo muito a sua falta. O dia estava parecendo uma eternidade. Quinta feira, feriado, e o que eu tinha de melhor a fazer era esperar anciosamente pela chegada do meu amor. Passei o dia todo na expectativa quando finalmente o portão abriu.
Meu coração disparou, senti um calafrio tamanha era a minha saudade e a minha vontade de olhar aquele rosto e ver que estava tudo bem. Quando ele desceu do carro, parecia que tudo tinha voltado a ser como era antes. O meu amor estava ali, diante de mim com um sorriso lindo, e o seu abraço era tudo que eu queria sentir naquele momento.
A nossa vida tinha voltado a ser como era antes. Literalmente.
Hoje, sexta feira, nosso primeiro dia de trabalho depois do seu retorno e aquela agitação rotineira voltou ser como sempre. Já nos estressamos, perdemos a paciência um com o outro. Tudo voltou ao normal.
Ufa! Ainda bem! Sinal de que a nossa vida não mudou nada depois dessa viagem.
Tudo está como sempre foi.
E assim a gente segue o nosso caminho, buscando nossos objetivos juntos, com a certeza de que por mais que as vezes tenhamos que sair da rotina é pra ela que a gente sempre quer voltar.



Seja bem vindo de volta a nossa casa meu amor!!!
Você fez uma falta enorme aqui esses dias!!
Te amo como sempre!!!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Frio + Dia dos namorados = Tudo de bom!



Quando soube que o Dia dos Namorados iria cair no domingo pensei: "Hum que chato! Nem vai dar pra fazer nada que fique até tarde, no outro dia é preto na folhinha e a gente tem que pular bem cedo da cama".
Daí comecei a quebrar a cabeça pra inventar alguma coisa legal pra gente fazer nesse domingão especial.
Dia dos Namorados é um dia ruim pra sair, fica tudo lotado, aquele monte de gente nas filas, o atendimento fica péssimo e vários outros contratempos acontecem.
Então, São Pedro que não é bobo nem nada, resolveu mandar ontem uma chuvinha básica pra baixar a temperatura e contribuir pra que o domingão seja um dia diferente. E não é que foi uma sacada de mestre?
Domingo, dias dos namorados, friozinho, tudo conspirando para que seja um dia mais do que especial. Pra quê enfrentar fila em restaurantes e bares?

Um jantarzinho romântico em casa mesmo, um vinho, uma boa música como trilha sonora, um papo gostoso, muitos abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim e depois ... ah! depois não precisa de script ...

Feliz Dias dos Namorados!!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Habilitada

Hoje finalmente consegui passar no exame de habilitação.
Foi a minha terceira tentativa e a melhor de todas, sem dúvida!
Cheguei no local do exame com as pernas bambas, o coração disparado, as mãos frias e trêmulas e uma enorme vontade de superar, esse, que foi um dos desafios mais dificeis que eu me propus a fazer.
Dessa vez, fui duplamente bem acompanhada pelos dois homens mais importantes da minha vida, meu marido e meu pai! O que mais eu poderia querer depois de ter tão nobres companhias num dia tão especial? Tinha muita energia boa ali me rodeando.
E aí, quando começaram a chamar os candidatos, fui a terceira. Me enchi de coragem e entrei naquele carro me achando a última bolacha do pacote. Minha perna mal conseguia segurar a embreagem, mas eu me mantive forte, e no final deu tudo certo! Aliás, como minha sábia mãe sempre diz: No final tudo dá certo! E eu ainda teimo em discordar de tão sábias palavras.
Quando desci do carro, a minha vontade era de sair gritando, correndo, não estava cabendo em mim tanta felicidade!
Agora, é esperar a carteira chegar e colocar em prática tudo que aprendi nesses nove meses.
Foram meses de muitas surpresas, de um desgaste emocional incalculável, de muito estresse, de frustação, de raiva, mas  principalmente de enorme superação.
Não vejo a hora de poder pegar o carro e poder sair por aí.
Desfrutando com muita responsabilidade a tal liberdade  que por anos eu desejei tanto  conseguir.