"... Por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim.

Doce ou atroz, manso ou feroz... eu, caçador de mim..."

Milton Nascimento











quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Aprendendo a dirigir


Finalmente, aos quase trinta e dois anos, estou aprendendo a dirigir. Entrei na auto escola em setembro, fiz aquele tal de pisicotécnico sem ter a menor idéia de pra que serve aquilo. Coisa mais sem noção. Daí vieram as aulas de legislação. Quase dois meses sofrendo com aquelas aulas que do meu ponto de vista também não serviram pra nada. Aliás, até que serviram pra alguma coisa. Porque eu consegui passar no exame teórico.
Mas, o pior ainda estava por vir. As temidas aulas de direção.
Nunca peguei um carro na vida. Sempre fui daquelas passageiras que não querem nem saber como é que faz pro troço andar. Eu quero mais é chegar ao meu destino.
Primeira aula, sofrimento terrível. Coração batendo a mil por hora, a mão suada, o corpo todo trêmulo, e a sensação de que jamais iria conseguir tirar o bendito carro do lugar.
O instrutor é bem gente boa. Sossegado. É o meu oposto, completamente. Enquanto eu estava me descabelando de nervos, ele estava lá, só na tranquilidade. É a paciência em pessoa.
Aruma o banco, ajeita os retrovisores, coloca o cinto, pisa na embreagem ( onde é que fica isso mesmo?), pisa no freio, coloca o câmbio no ponto morto ( nesse momento quem está quase morta sou eu) , liga o carro, seta pra esquerda, olha nos retrovisores e coloca a cabeça pra fora pra ver se não vem ninguém, coloca o câmbio na primeira marcha, solta o freio de mão, vai soltando a embreagem devagar até sentir o carro tremer, aos poucos vai soltando o freio, cuidado pro carro não apagar, acelera e sai... aff! Muita coisa pra uma cabeça pensar sozinha! Isso é uma tortura! Todo dia a mesma coisa! Acho que vou enlouquecer!
Não estou sendo treinada pra tirar habilitação, não pode ser. Porque alguém precisa sofrer tanto pra aprender a dirigir. Sempre soube que nunca tive boa relação com os veículos de quatro rodas. Tenho trauma.
Tive um par de patins que eu detonei e não aprendi a andar. Saía com eles nos pés e voltava descalça com eles nas mãos. Skate então, nem se fala. Nunca consegui sair do lugar. As vezes que arrisquei me renderam vários ematomas. Definitamente, acho que não nasci pra isso.
É tão bom entrar no carro, com o motorista do lado, sem ter a menor preocupação a não ser a de colocar o cinto de segurança. Sem ter que me desgastar tanto e ficar quebrando a cabeça pra lembrar o que é mesmo que eu tenho que fazer agora?
Quarta feira completo dez aulas. O mínimo são vinte pra poder fazer o exame.
Isso mostra que o meu sofrimento ainda vai longe...
Aff...

2 comentários:

  1. Oh minha Linda...a nossa diferença então é de somente 1 ano, porque só agora também estou aprendendo a dirigir. tenha calma, confie nos seus instintos e deixa a boa energia do otimismo fluir, e tudo o que você aprendeu nas aulas teóricas brotará na sua mente. tenho certeza que será uma ótima condutora. Muito Sucesso!
    Paz e Luz!

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  2. Misericórdia!!!! Isso é uma tortura mesmo e infelizmente só há uma chance no dia do exame; penso que isso tem que mudar, deveriam levar em consideração a evolução do candidato durante as aulas o que poderia ser filmado diariamente e isso deveria ter uma porcentagem considerável para somar ao teste final. Bom, eu já tentei duas vezes para moto, vou muito bem durante as aulas mas na hora me dá um branco, páro a moto e não consigo terminar o percurso, esqueço tudo. Para carro ainda não tentei mas sinceramente não estou pronta... Tenho que retornar, pagar mais aulas, meu processo vence em novembro. Como vê, não é só você que sofre com isso, é muita gente... Nosso emocional precisa estar equilibrado e tudo fluirá bem, penso que é isso. Abraços e boa sorte para nós.

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